2005: o ano em que a crise financeira rondou o Tricolor de Aço
O ano de 2005 foi um dos piores da história do Bahia. Com uma enorme crise financeira, o Tricolor de Aço acabou sendo rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro. Na temporada em questão, o clube passou por diversos problemas dentro e fora das quatro linhas.
Na época, o Bahia estava em sua segunda temporada consecutiva na segunda divisão. Por conta disso, resolveu apostar em diversos medalhões, como Dill, Viola, Uéslei. Porém, nenhum dos jogadores contratados teve um bom desempenho pelo Esquadrão.
“Nenhum time vai para frente com jogadores veteranos. Eles recebem gordos salários, mas já não rendem como antes, vivem lesionados e têm um custo-benefício muito alto. Mas os clubes insistem nessa política”, disse o ídolo do clube, Bobô, que comandava o futebol do Bahia no primeiro semestre de 2005.
Outro fator que atrapalhou bastante naquela temporada foram as trocas constantes no comando técnico da equipe. Na Série B, o Bahia foi treinado por quatro técnicos diferentes: Zetti, Jair Picerni, Carlos Amadeu e Procópio Cardoso.
Naquele ano, o clube acabou entrando em um colapso financeiro e não conseguiu honrar com seus compromissos salariais.
“Isso é culpa do modelo adotado nos clubes, que querem resultados imediatos. Mas, se os resultados não aparecem, a cobrança da torcida é muito forte. Esse fator acaba fazendo com que não haja planejamento e com que os clubes gastem mais do que arrecadam. Desse jeito, só um milagre para manter as contas em dia”, afirmou Bobô.
Com tantos fatos negativos, o resultado não poderia ser outro. Ao lado do Vitória, o clube acabou amargando um rebaixamento inédito para a Série C do Brasileirão.
Técnico do Bahia na parte final temporada, Procópio Cardoso fez diversas críticas ao trabalho da diretoria do clube, após a confirmação do descenso.
“O Bahia tem que se modernizar e voltar a pensar no clube. Tem que começar de baixo e disputar a Terceirona mesmo. A verdade é essa que está aí, nua e crua”, afirmou Procópio.