Substituto de Ceni falou abertamente que o placar da derrota não importa
O time sub-20 do Bahia foi escalado pela comissão técnica principal para enfrentar o Botafogo-PB na última rodada da Copa do Nordeste, onde sofreu uma derrota por 4 a 0. O clube já estava classificado para a próxima fase, além de ter assegurado a melhor campanha da fase de grupos na competição.
Além da equipe da base, o próprio treinador Rogério Ceni não esteve na beira do campo, deixando o comando para o treinador da equipe sub-20.
O técnico da equipe júnior, Rogério Ferreira, reconheceu a frustração pelo placar desfavorável, porém destacou a importância da oportunidade concedida aos jovens jogadores de participarem de uma competição de alto nível como a Copa do Nordeste.
“É compreensível que para o torcedor o placar seja o aspecto mais relevante. Entretanto, é necessário olhar além disso. O contexto é completamente diferente. Não estamos dando desculpas, apenas apresentando a realidade. Com a inclusão desses novos atletas, é natural que, com o tempo, possamos fazer ajustes e melhorar o desempenho.”, afirmou. “Em alguns momentos, o desempenho não foi satisfatório. Certamente, ninguém deseja uma derrota tão expressiva. No entanto, é fundamental buscar um equilíbrio na análise. Essas experiências são valiosas para a projeção de carreira dos atletas. Em termos de desempenho e resultado, não alcançamos o nível esperado”, avaliou Ferreira.
O treinador ressaltou que alguns jogadores, como o centroavante Samuel, chegaram recentemente ao Bahia, o que influenciou no desempenho da equipe.
“Sabíamos que seria um jogo difícil, especialmente com alguns atletas recém-chegados ao clube. Tivemos apenas uma partida neste novo ciclo, pelo Campeonato Baiano Sub-20. A diferença de nível entre este campeonato e a Copa do Nordeste é significativa. Apesar disso, os jogadores se saíram bem até certo ponto.”, disse Rogério Ferreira. “Enfrentamos dificuldades desde o início, conseguimos equilibrar o jogo no meio do primeiro tempo, mas continuamos sofrendo perigo. Voltamos mais equilibrados no segundo tempo, porém, o primeiro gol adversário abalou emocionalmente a equipe, dificultando ainda mais nossas ações”, explicou o técnico.
Quanto ao estilo de jogo adotado, Ferreira destacou que é trabalhado um modelo semelhante ao time principal, porém as decisões em campo ficam a cargo dos jogadores.
“Os jogadores devem decidir se preferem jogadas curtas ou longas. Não posso tomar decisões por eles na categoria sub-20, uma vez que terão que fazê-las no time principal. Às vezes optamos por jogadas curtas, outras vezes longas. O jogo é deles.”, destacou. “Nosso trabalho é desenvolver sua capacidade de tomar decisões. Eles precisam tentar e errar para alcançar o nível esperado. Trabalhamos para que desenvolvam essa percepção”, afirmou.
Treinador destacou o futuro do clube com o Grupo City
Por fim, ele comentou sobre o recente trabalho iniciado pelo Bahia em parceria com o Grupo City, visando reestruturar as categorias de base.
“Estamos pensando no futuro. Embora busquemos resultados competitivos imediatos, compreendemos que isso demandará tempo. Nosso objetivo é promover a transição dos jogadores para o time principal. Observamos um grande investimento desde as categorias mais jovens.”, disse. “Acreditamos que em um futuro próximo conseguiremos obter resultados competitivos e continuar desenvolvendo nossos jogadores. É um processo que requer trabalho contínuo. Resultados não surgirão do dia para a noite”, concluiu.
Apesar da derrota, o Bahia encerrou a primeira fase com a melhor campanha entre os dois grupos, somando 18 pontos em 24 disputados.