Bares de Belo Horizonte tomam atitude drástica sobre ‘caso Daniel Alves’
A condenação por estupro do ex-jogador Daniel Alves gerou ampla repercussão no noticiário brasileiro. O ex-atleta de 40 anos foi condenado pela Justiça Espanhola a quatro anos e meio de prisão pelo estupro de uma mulher em uma boate em Barcelona no fim de 2022.
Tomando o caso como referência, bares localizados na cidade de Belo Horizonte trabalham para implementar um sistema a fim de deixar o ambiente mais seguro para as mulheres. Uma das inspirações é um documento que tem origem na Espanha, onde o ex-lateral cometeu o crime.
Bares de Belo Horizonte se mobilizam
Em uma parceria entre a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Minas Gerais), a prefeitura da cidade passará a aderir ao “Protocolo Quebre o Silêncio”. Ele tem como base o documento No Callem (“Não se calem”, em português), de Barcelona, na Espanha.
O sistema chegou aos bares da capital mineira para deixar os locais mais seguros para as mulheres. Ele consiste em uma série de medidas e atitudes que os locais e os funcionários devem tomar para evitar situações de assédio e abuso contra as mulheres.
Além disso, o protocolo conta com atitudes e sinais que as próprias mulheres devem realizar para denunciar possíveis assédios em bares. Os estabelecimentos serão instruídos a tomar determinadas medidas quando se depararem com essas situações.
Daniel Alves está em liberdade provisória após o pagamento de fiança enquanto aguarda o julgamento do recurso enviado por sua advogada de defesa. Além de pena na prisão, o ex-jogador foi condenado a pagar 150 mil euros (cerca de R$ 826 mil) para a vítima como forma de indenização por danos morais.