Contrato de R$ 7,2 milhões pode ser rasgado no Vitória ainda em 2024
A patrocinadora máster do Vitória, a casa de apostas esportiva Betsat, corre o risco de ser suspensa de operar no Brasil por não ter solicitado a licença obrigatória para atuar legalmente no país. A medida foi imposta pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Caso a situação não seja regularizada, a Betsat pode ser impedida de operar no Brasil a partir da próxima terça-feira (1º), conforme determinação do Governo Federal.
O processo de licenciamento se tornou obrigatório recentemente, e a SPA informou que todas as solicitações submetidas dentro do prazo serão analisadas até o final de 2024. Após esse período, a inscrição ainda será permitida, mas sem a garantia de autorização para atuar ainda este ano, o que coloca em risco a permanência de várias casas de apostas que não se adequaram à nova regulamentação.
A situação preocupa o Esporte Clube Vitória, já que a Betsat representa o maior patrocínio máster da história do clube. O contrato, válido por dois anos, prevê um repasse mínimo de R$ 7,2 milhões ao rubro-negro baiano, valor que pode dobrar caso metas comerciais sejam atingidas. A suspensão da Betsat teria um impacto financeiro significativo para o Vitória, que depende desse patrocínio para manter suas finanças em equilíbrio.
A equipe do site esportivo BNews entrou em contato com um advogado desportivo de Salvador para esclarecer as implicações dessa situação. Segundo o profissional, se a Betsat não regularizar sua situação, o Vitória pode enfrentar desafios para cumprir o orçamento planejado para os próximos anos.
Além disso, a suspensão da casa de apostas pode obrigar o clube a buscar um novo patrocinador, o que não é tarefa fácil em meio ao atual cenário econômico. O Esporte Clube Vitória foi procurado para comentar o assunto, mas informou que não irá se pronunciar neste momento.