O atentado ao ônibus da delegação do Fortaleza continua gerando grandes danos para o clube. O triste episódio aconteceu na última quarta-feira (21), após o empate em um a um contra o Sport, na Arena Pernambuco, pela quarta rodada da Copa do Nordeste.
O departamento médico do Leão do Pici realizou avaliações nos jogadores e funcionários que foram atingidos por estilhaços do ônibus e constatou 1,2 mil lesões. Alguns atletas ficarão com grandes cicatrizes.
Lesões no Fortaleza
De acordo com informações de Cláudio Maurício, médico do Fortaleza, disse que os jogadores sofreram mais de mil lesões, de diversas formas. Ele também falou algumas poderiam ser “fatais” se não fosse por alguns centímetros.
“Nós estamos falando de seis atletas periciados. Dos seis, eu acompanhei pelo menos 1,2 mil lesões nesses atletas. A natureza das lesões fala por si só. Temos lesões contusas, perfurantes, queimaduras de segundo grau, lesões com deformidade definitiva… Temos lesões que não vão se apagar mais, que são cicatrizes definitivas. Não tenho dúvidas de que não estamos hoje velando alguém por segundos ou pela mão de Deus. Porque muitas das lesões poderiam ser fatais por centímetros”, afirmou.
A pior situação é a do lateral-esquerdo Escobar, que levou 13 pontos no rosto e vai ficar com cicatriz. “A situação do Escobar é de dar dó, o que ele está passando nesses primeiros dias. No primeiro momento, ele não tinha condição nem de ir ao hospital mais especializado”, completou.
Por fim, Cláudio fez questão de ressaltar que os danos não foram apenas físicos, mas também psicológicos. “Isso é difícil de mensurar, mas os estudos já mostram que o estresse pós-traumático tem efeitos, tem causas somáticas real. Não é apenas a forma que você reage, aquilo tem alterações hormonais de alguns segmentos cerebrais que levam à mudança na sua rotina”, concluiu.