Caos instaurado no Vasco prova que Grupo City está colocando 777 no bolso
Nos últimos anos, alguns clubes brasileiros se tornaram SAF e foram comprados por diversos investidores, com modelos de gestão diferentes. Entre eles, estão o Bahia com o Grupo City e a 777 Partners com o Vasco.
Ambos investiram em contratações neste início de temporada, mas a torcida cruzmaltina está impaciente com a diretoria. Os torcedores querem mais reforços para o time, porém o processo não é tão simples como parece.
Grupo City e 777
Durante coletiva de imprensa na última terça-feira (6) para apresentação de reforços, o diretor de futebol do Vasco, Alexandre Mattos, explicou o processo de contratação do clube. Ele disse que a palavra final para o acerto ou não com um jogador é da 777.
“Tenho que entender que a palavra final não é minha. Eu direciono alguns caminhos que eu faria. Alguns são aceitos e outros não. Às vezes coloco algumas necessidades, e eles dizem “não”. Tenho que compreender isso e bola para frente”, declarou.
Mattos também traçou um paralelo entre seus anos de experiência no futebol e novo modelo de gestão que a empresa norte-americana deseja implementar no Cruzmaltino. “No futebol brasileiro o risco faz parte de tudo, a gente trabalha com seres humanos, não máquinas. O risco faz você recuar ou não. No caso de uma empresa, ela quer o menor risco possível. No futebol às vezes você arrisca um pouco mais, o resultado pode vir ou não vir. Você tem que ter saídas e organização para que isso não cause problemas”, completou.
Ele destacou que a 777 administra o Vasco como uma empresa, o que começou a se “popularizar” no Brasil nos últimos anos. “Eu vim para o Vasco sabendo que há uma nova ordem no futebol, uma SAF, que é uma empresa. E a empresa ela toca o clube como uma empresa. Obviamente futebol tem algumas particularidades que precisam ser ajustadas com o tempo, principal delas talvez seja a tomada decisão com risco”, explicou.
Por fim, fez questão de falar que a empresa ainda está se ambientando ao futebol brasileiro e por isso o torcedor deve ter um pouco de paciência. “É uma empresa que ainda está conhecendo o futebol brasileiro. Você vê a mudança que foi do início para o meio do ano. Essa empresa ainda está absorvendo bastante o perfil dos jogadores que são daqui para de outros mercados do mundo”, concluiu.