Ceni mandou avisar e bola aérea não foi treinada para jogo do Tricolor
Desde que pendurou as chuteiras e iniciou sua carreira como técnico, Rogério Ceni é marcado por um temperamento forte tanto na beira do campo como nas coletivas. Esse traço de personalidade já aparecia no treinador quando nos tempos de goleiro.
Isso ficou evidente durante sua primeira passagem como técnico do São Paulo, em 2017. Em um duelo contra o ABC pela Copa do Brasil, o Tricolor Paulista levou um gol de bola aérea no primeiro minuto de jogo, o que enfureceu o treinador.
Ceni e bola área no São Paulo
Apesar de o São Paulo ter conseguido o gol de empate e a partida ter terminado 1 a 1, Ceni foi questionado sobre o gol sofrido no início do jogo. Ele disse que não iria treinar bola aérea para a próxima partida (contra o Ituano), já que não via evolução no sistema defensivo.
“Vou parar de treinar bola aérea, decidi que para o próximo jogo nós não vamos, porque quanto mais treina, parece que mais as coisas acontecem. Então esta semana não vamos treinar bola aérea para ver se contra o Ituano a gente não sofre gol de bola aérea”, afirmou.
Depois de ter sofrido o gol, o São Paulo dominou as ações, chegou ao gol de empate e poderia ter saído com o triunfo. Por fim, Rogério Ceni fez uma análise da partida, dizendo que o ABC insistiu em lances de bola parada após o primeiro gol.
“Não teve pressão inicial, foi um gol, essa foi a diferença. Foram bolas jogadas na área, o ABC teve duas chances: o gol e a defesa do Denis, enquanto nós tivemos seis, sete, oito oportunidades claras, com Wellington Nem, Gilberto que tentou por cobertura, Lucas Fernandes duas vezes. O domínio do jogo foi todo do São Paulo. O ABC tentou jogo aéreo, botou dois centroavantes, tanto que recuei o Cícero para jogar no meio dos zagueiros”, concluiu.