Globo abriu os cofres e Bahia recebeu R$ 72 milhões da emissora
Recentemente, uma análise financeira revelou que a Rede Globo investiu aproximadamente R$ 2,1 bilhões na compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro Série A de 2023. Esse montante é distribuído entre transmissão em TV aberta, TV fechada e pay-per-view, cada segmento tendo suas particularidades na divisão das receitas entre os clubes participantes.
Para a TV aberta e fechada, o cálculo é feito com base em três critérios: 40% do montante é dividido igualmente entre todos os clubes, 30% é distribuído seguindo o critério de exibição, ou seja, quantos jogos de cada clube foram transmitidos, e os últimos 30% são destinados com base na classificação final do time no campeonato.
No modelo de pay-per-view, conhecido por sua sigla PPV, a divisão de renda é proporcional ao número de assinantes que cada clube consegue atrair para esse serviço. Por exemplo, se um clube detém 3% dos assinantes totais, ele receberá 3% da renda destinada ao PPV. Esse método estimula os clubes a engajarem suas torcidas e maximizarem sua base de fãs pagantes.3
Veja quanto cada clube recebeu:
1. Flamengo (R$ 275,2 milhões)
2. Corinthians (R$ 187,2 milhões)
3. Grêmio (R$ 170,1 milhões)
4. Palmeiras (R$ 162,6 milhões)
5. Atlético-MG (R$ 121,2 milhões)
6. Botafogo (R$ 112,5 milhões)
7. São Paulo (R$ 111,7 milhões)
8. Fluminense (R$ 105,7 milhões)
9. Internacional (R$ 105,5 milhões)
10. Cruzeiro (R$ 98,5 milhões)
11. Vasco (R$ 97,6 milhões)
12. Red Bull Bragantino (R$ 85,8 milhões)
13. Fortaleza (R$ 73,6 milhões)
14. Bahia (R$ 72,1 milhões)
15. Cuiabá (R$ 66 milhões)
16. Santos (R$ 64,2 milhões)
17. Coritiba (R$ 49,9 milhões)
18. Goiás (R$ 49,4 milhões)
19. América-MG (R$ 42,8 milhões)
20. Athletico-PR (R$ 41,8 milhões)*
Interpretação dos valores e consequências para os clubes menores
Enquanto os grandes clubes se beneficiam de mínimos garantidos e extensas bases de fãs, os times com menor apelo midiático frequentemente enfrentam desafios financeiros maiores. A ausência de garantias mínimas, especialmente para aqueles que anteciparam receitas através de empréstimos garantidos pelas cotas de televisão, pode colocar esses clubes em desvantagem competitiva significativa.
Entender essa dinâmica é essencial não apenas para os fãs do futebol, mas também para aqueles interessados na gestão esportiva e no impacto econômico do esporte na sociedade. A transparência e o equilíbrio na distribuição das receitas de transmissão são fundamentais para assegurar a competitividade e a sustentabilidade financeira de todos os clubes envolvidos.
A gestão financeira no futebol, especialmente em ligas de alto nível como o Campeonato Brasileiro Série A, revela a complexidade das operações por trás dos palcos esportivos. Com a evolução contínua dos direitos de transmissão e das tecnologias de engajamento dos fãs, é provável que vejamos novas estratégias surgindo para maximizar os retornos financeiros, enquanto se busca manter o esporte justo e emocionante para todos os envolvidos.