Grupo City encontra brecha na lei e poderá ter dois clubes em um mesmo torneio
O Grupo City entrou em uma situação delicada com um dos clubes que faz parte do conglomerado. Com o triunfo sobre o Barcelona por 4 a 2 no último sábado (4), o Girona garantiu sua classificação para a Champions League da próxima temporada.
Desse modo, o Grupo passará a ter dois clubes administrados por ele na competição: Manchester City e Girona. A princípio, a UEFA proibia a presença de dois ou mais clubes em suas competições que pertencem ao mesmo dono, mas a regra passou por revisão e o conglomerado deve conseguir ter as duas equipes no torneio.
Grupo City e brecha na UEFA
A flexibilização da regra veio após a popularização dos Multi-club Ownership (MCO) — clubes que fazem parte de um conglomerado ou possuem o mesmo dono. João Paulo Di Carlos, advogado especializado em direito esportivo, explicou que a UEFA adaptou essa regra no ano passado em função das mudanças que aconteceram no futebol desde a última década.
Diante do crescimento exponencial dos MCO, sob pena de inviabilizar a participação de clubes relevantes e prejudicar a realização das competições, a UEFA flexibilizou essa regra no ano passado”, declarou.
O magistrado também explicou como as redes fizeram um acordo com a UEFA para possibilitar a “inscrição” de mais clubes em suas competições. Nesta temporada, a entidade permitiu que três conglomerados tivessem dois clubes cada em suas competições: Aston Villa e Vitória de Guimarães (V Sports), Brighton e USG (Tony Bloom), e Milan e Toulouse (RedBird Capital).
“Nesse sentido, foi feito um acordo com diversos clubes de modo a reduzir significativamente a participação acionária dos investidores em um dos clubes, com a transferência do controle efetivo e da tomada de decisões de um dos clubes para uma parte independente, restrições de financiamento, fim participação em conselhos diretivos e órgãos de deliberação, reduzindo, assim, o poder decisório e financeiro em mais de um clube”, completou.