O Bahia, em cooperação com o Grupo City, avançou significativamente na redução de sua dívida total, alcançando um marco impressionante de diminuição de 86% do total devedor. O clube, que no início de 2023 sofria com uma dívida acumulada de R$ 300 milhões, agora ostenta um valor muito mais gerenciável, cerca de R$ 42 milhões.
Durante o último ano, o Grupo City, que detém 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube, injetou R$ 258 milhões. Esse movimento financeiro estratégico permitiu não apenas a quitação de débitos correntes, mas também o cumprimento de obrigações trabalhistas anteriormente negociadas.
Impacto do Acordo Trabalhista na Saúde Financeira do Bahia
A liquidação do acórdão global com o Tribunal Regional do Trabalho foi outro passo importante. Firmado originalmente em 2011, o acordo tem sido fundamental para evitar penhoras e sequestros de verbas, protegendo assim a estabilidade financeira do clube. “É uma satisfação informar que alcançamos a marca de 86% de quitação da dívida e liquidamos 100% dos valores do acordão trabalhista”, celebra Paulo Tavares, vice-presidente do Bahia.
A parceria estabelecida prevê um investimento total de R$ 1 bilhão no Esquadrão de Aço ao longo de 15 anos, com R$ 300 milhões direcionados especificamente para o abatimento de dívidas prioritárias em um período de três anos. Além disso, estipula-se a destinação de no mínimo R$ 500 milhões para a aquisição de jogadores e R$ 200 milhões para o desenvolvimento de infraestrutura e outras necessidades do clube.
Qual a relevância do investimento do Grupo City para o futebol brasileiro?
A inserção do Bahia no portfólio do Grupo City, que inclui clubes como o Manchester City, sinaliza um voto de confiança no potencial do futebol brasileiro e um modelo de gestão que poderia ser replicado por outros clubes buscando sanar suas finanças.
A aprovação dessa parceria estratégica pelos sócios em dezembro de 2022 e a formalização em maio de 2023 reforçam o compromisso em transformar o cenário do futebol local. Nuno Krause, correspondente da Itatiaia no Nordeste e formado pela Universidade Federal da Bahia, tem vasta experiência em jornalismo esportivo, contribuindo com suas análises precisas desde 2019.
