Quase três meses após a confirmação da notícia, o pedido de demissão por parte de Renato Paiva ao Bahia, ainda rende assuntos nos bastidores do clube.
Em entrevista para o portal The Coaches’ Voice, o treinador português deu sua versão sobre os fatos e afirmou que não seria demitido pelo Grupo City, que controla as ações da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Esquadrão de Aço.
“É importante deixar claro que o Grupo City não iria me despedir até o final do campeonato. Não havia qualquer ameaça de demissão. Pelo contrário, senti muita confiança e apoio vindos de Manchester”, disse o técnico.
Paiva ainda fez questão de contar que seu trabalho devia seguir algumas orientações por parte do Grupo City. Segundo ele, o estilo de jogo de sua equipe estava indo de encontro com o que era exigido pelos acionistas.
“Trabalhar em um clube do Grupo City é diferente. Há diretrizes que você deve seguir, orientações que precisam ser respeitadas. O estilo de jogo tem que ser em função de alguns parâmetros definidos por eles, e nós estávamos claramente dentro do que era exigido.”, afirmou o ex-comandante do Bahia.
Apesar disso, o técnico contou que a pressão por resultados, especialmente pelo torcedor, estava muito grande e ele acabou pedindo demissão. Segundo Renato Paiva, o ambiente não estava favorável para os atletas desempenharem um bom futebol.
“Mas senti que era o momento de ir embora. A pressão era muito grande e eu não queria aquele ambiente para os meus jogadores.”, concluiu.
No total, Renato Paiva comandou o Bahia em 51 partidas, com 20 vitórias, 15 empates e 16 derrotas, um aproveitamento de 49%. O português deixou o comando o clube na 16ª colocação do Brasileirão, com 22 pontos, na época, o Esquadrão tinha apenas um ponto a mais que o Santos, equipe que abria o Z4.