Tenente-Coronel abriu o jogo e falou sobre o futuro das organizadas na Bahia
As torcidas organizadas são um assunto frequente no futebol brasileiro há alguns anos. Por conta do aumento da violência nos estádios e nos arredores, alguns estados passaram a adotar a presença de torcida única nos clássicos regionais, como é o caso de Bahia e Vitória.
As organizadas já se envolveram em episódios de violência e até protagonizaram atentados contra os próprios clubes. Um desses casos foi realizado por membros de organizadas do Tricolor de Aço em 2022, que gerou ampla repercussão e discussão sobre a existência dessas organizações.
Organizadas do Bahia
Durante entrevista para o Podcast BN na Bola, O Tenente-Coronel Elbert Vinhático, Comandante do BEPE, foi convidado para falar sobre torcidas organizadas. Ele relembrou o atentado ao ônibus da delegação do Bahia para ilustrar como os criminosos operam “trajados” de torcedores.
“Aí surgiu esse fato, estávamos fazendo a escolta normalmente, e aí escutamos a explosão e eles arremessaram um rojão. Depois, eu conversei com um dos que jogaram – porque eles estão frequentando o estádio, eu sei quem são todos eles -, e ele disse que não foi a intenção. Eu disse a ele ‘para mim, você estaria banido do futebol’. Foi um negócio impressionante, o artefato pegou no ônibus de um lado e saiu do outro lado.”, declarou.
O Tenente-Coronel também opinou sobre o futuro das torcidas organizadas. Ele acredita que a extinção dessas organizações não será a solução para combater a violência nos estádios e nos arredores, já que essas torcidas voltam a funcionar pouco tempo depois com “outra indentificação”.
“Essas pessoas continuam frequentando o Estádio. Para mim, tirar faixas, bandeiras e materiais, são ultrapassadas. A extinção não é o caminho, inúmeras torcidas ao redor do Brasil foram extintas e voltaram com nomes diferentes [citou exemplos das torcidas do Palmeiras, Fortaleza, Sport e até a própria Bamor, que quando punida alterou o nome]. Quando você extingue, eles ficam anônimos, e nós ficamos sem informações para a realização da Operação Policial. A extinção piora, pois ficamos sem ter com quem falar”, concluiu.