O empresário norte-americano John Textor, dono da SAF do Botafogo, fez fortes declarações sobre a arbitragem do futebol brasileiro. Em entrevista na última quarta-feira (6), o mandatário afirmou que tem áudios de árbitros reclamando de não terem recebido propina.
Ele ainda diz que isso teria influenciado a conduta dos árbitros em partidas do futebol brasileiro nos anos de 2021, 2022 e 2023. Se for comprovado o conteúdo divulgado por Textor, pode ser que o Bahia tenha sido rebaixado de maneira injusta no Brasileirão de 2021.
Textor e polêmicas de arbitragem
Após a derrota do Botafogo para o Palmeiras por quatro a três no Brasileirão do ano passado, Textor contratou a “Good Game!”, empresa que investiga manipulação no esporte, para analisar a arbitragem do Brasil. O norte-americano utilizou o relatório da empresa para justificar a existência de manipulações de resultados no futebol.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, declarou.
Vale lembrar que a CBF processa John Textor na Justiça Comum e Desportiva pelas falas contra a arbitragem e a entidade após o jogo contra o Palmeiras. Diante das acusações, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) rebateu a declaração de Textor e deseja que ele apresente as provas com urgência.
“A integridade e a honra das pessoas e profissionais corretos não pode esperar 30 dias, a ABRAFUT usará todos os meios legais para que qualquer prova ou acusação seja devidamente apresentada e apurada, sob pena de responsabilização dos que fazem graves acusações sem provas”, diz um trecho da nota publicada pela Associação.