Depois das acusações sobre manipulação de resultados feitas pelo empresário norte-americano John Textor, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) deseja paralisar o Brasileirão. A organização emitiu um comunicado oficial na última terça-feira (23).
O mandatário do Botafogo prestou depoimento na CPI na última segunda-feira (22) e apresentou um relatório de 180 páginas com provas de manipulação de resultados no futebol brasileiro nos últimos anos. Diante desse cenário, a CBF se pronunciou sobre o assunto na última quarta-feira (24).
CBF e paralisação do futebol
Após a divulgação do pedido de paralisação do Brasileirão feito pela Anaf, o presidente da entidade máxima do futebol brasileiro, Ednaldo Rodrigues, afirmou que o campeonato não será pausado. Além da Anaf, o pedido foi realizado pelo presidente da CPI, Jorge Kajuru.
“A CBF não trabalha de forma alguma com a hipótese de paralisar o campeonato, que é íntegro. Não tem como parar uma competição que é limpa e transparente. Se tiver alguma situação nesse sentido (de tentar parar), a CBF vai trabalhar para que a competição continue”, declarou.
Ednaldo ainda reiterou que respeita a posição da Anaf e os processos da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas. Por fim, o presidente mencionou as questões financeiras e logísticas do Brasileirão que inviabilizaram sua paralisação.
“A CBF respeita qualquer posição da Associação, respeita CPI. Parar o campeonato não afeta só um clube, um jogador. Movimenta todos os patrocínios, as quatro séries do Brasileiro, Copa do Brasil. Paralisa o país, a empregabilidade, as logísticas de viagem. Baseado em situações e relatos que não têm substância, consistência. Entendo que tem que ser dado à contradição. Se estão dizendo isso, e esse cara (John Textor) diz isso, está no papel da CPI levar todos os clubes e serem ouvidos”, concluiu.