Você sabia que em pleno território russo, o Bahia já superou, com muita garra e dedicação um adversário muito temido na década de 50? O ex-presidente do Tricolor, Osório Villas Boas, contou, ao site Ludopedio, detalhes sobre o encontro diante do Torpedo Moscou, em cinco de junho de 1967.
O Bahia venceu os russos por 2 a 1, que desde antes da bola rolar, já tentavam intimidar os brasileiros. Com presenças inusitadas de soldados soviéticos no vestiário do time visitante e com a expectativa de uma grande goleada ao redor da cidade, o Tricolor precisou passar por poucas e boas para conquistar o triunfo.
“Esses não acreditam em Deus. Nós temos a proteção do Senhor do Bonfim”
A frase acima foi utilizada por Osório antes mesmo da bola rolar na Arena do Estádio Central Lênin, em Moscou. Hamilton foi o responsável por marcar os dois gols tricolores, além de contar com ajuda de Jair, companheiro de equipe, que embaixo das traves, impediu que o time soviético balançasse as redes.
“Era de meter medo. Perspectiva de goleada, e daquelas! O Bahia estava cansado dos jogos anteriores em outros países. O Joe quase não corria. Mandei o Jota Alves em seu lugar, mas, antes, chamei o negão e ordenei: ‘Olha, você vai lá e baixa o pai naquele meia esquerda russo. De qualquer jeito! O homem está nos desorientando. Tire ele do jogo…’”
Triunfo na Rússia não foi o único
Além de superar o Torpedo Moscou, o Bahia conseguiu ser melhor que o Zenit, quando triunfou por 4 a 3. O confronto diante do Spartak terminou empatado por 1 a 1. Outros dois jogos ainda marcariam a passagem positiva do Tricolor no frio da Rússia: o empate frente ao Karkov, sem gols, e diante do Lokomotiv Moscou, por 2 a 2.
Nos últimos compromissos na terra de Yashin, triunfo por 1 a 0 contra o Kieschenov e derrota para o Dínamo, por 3 a 1. Muitos estudiosos fundamentam que o Bahia teria sido o primeiro brasileiro a jogar no país russo. Porém, para tal constatação, outras provas e fontes ainda carecem.
